Jovens são torturadas e têm mortes transmitidas ao vivo; elas tinham ligação com facção
Duas jovens foram brutalmente assassinadas e tiveram a execução transmitida ao vivo através de uma chamada de vídeo para um detento da Penitenciária Central do Estado (PCE).
Anna Clara Ramos Felipe e Ayla Pereira dos Santos, ambas de 18 anos, desapareceram no último dia 28 de janeiro e foram encontradas no dia seguinte, amordaçadas e com marcas de tortura, em uma área de mata na Vila Nazaré, em Mato Grosso.
A Polícia Civil cumpriu, nesta terça-feira (18), um mandado de busca e apreensão na cela do preso investigado. Celulares e chips, incluindo o aparelho que teria sido usado para exibir a execução, foram apreendidos.Além do detento, três pessoas foram presas por suspeita de envolvimento: uma jovem de 19 anos, uma mulher e um homem de 34.As vítimas tinham ligação com uma facção criminosa, e a ordem para o crime teria partido de dentro da prisão. A polícia segue investigando a motivação exata do duplo homicídio.As jovens foram levadas para uma casa em Tangará, município de Santa Catarina, onde passaram por sessões de tortura antes da execução. Logo em seguida, os corpos foram levados para uma região de mata após a morte.Anna Clara foi encontrada em uma moita, com queimaduras nas costas. Já Ayla foi enterrada em uma cova rasa, também com sinais de tortura.