estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) estima que o crime organizado fatura por ano no Brasil ao menos R$ 146,8 bilhões em mercadorias na economia formalizada. O carro-chefe dentro deste segmento, entre um grupo de quatro produtos pesquisados, são os combustíveis. São R$ 61,4 bilhões em uma estimativa que os pesquisadores qualificam como “conservadora”. Na sequência aparecem os outros três: bebidas (R$ 56,9 bilhões), ouro (R$ 18,2 bilhões) e tabaco/cigarros (R$ 10,3).O documento do FBSP, ao qual oMetrópolesteve acesso em primeira mão, foi batizado de “Follow the products – rastreamento de produtos e enfrentamento ao crime organizado no Brasil”. O texto apresenta uma análise sobre a atuação de grupos criminosos em quatro mercados. Na apuração dos pesquisadores, foi verificado que a infiltração dos criminosos no mercado de combustíveis e lubrificantes objetiva a lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, roubo, desvio, adulteração de combustíveis, entre outras práticas ilícitasOs pesquisadores utilizaram várias bases de dados como operações da Polícia Federal (PF), relatórios de instituições acadêmicas, representações setoriais, institutos de pesquisa, organizações da sociedade civil e da imprensa, por exemplo, para realizar as estimativas.“O total de combustível ilegal no Brasil em 2022 daria para abastecer toda a frota de veículos do país por três semanas completas (mais de 500 milhões de carros, considerando um tanque médio de 50 litros)”, diz trecho do estudo.