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Barroso rebate Bolsonaro: "Causa que precisa de mentira e desinformação não pode ser boa"


 (crédito: TSE/Divulgação)
(crédito: TSE/Divulgação)

O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), reagiu, mais uma vez, às constantes críticas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro ao sistema eleitoral do país. Segundo o magistrado, dizer que o sistema é fraudulento "é um discurso quem não aceita a democracia"

"Uma causa que precise de ódio, mentira, desinformação, agressividade e grosseria não pode ser uma causa boa", reclamou Barroso.

O magistrado ainda comentou que o voto impresso, tão defendido por Bolsonaro para as eleições do ano que vem, não é mais seguro do que a urna eletrônica. Barroso disse que “há uma crença de pessoas de boa fé de que o voto impresso traria mais uma possibilidade de auditoria”, mas opinou que, “a despeito disso parecer lógico, isso não é verdadeiro”

 Ele (voto impreso) é menos seguro porque precisa ser transportado. Estamos falando de 150 milhões de votos. Há regiões com milícias, roubo de cargos. Transportar votos, armazenar votos. Isso é um filme de terror. Vai dar inconsistência. Dá no caixa do banco, que não quer perder dinheiro. Imagine num país polarizado”, alertou.

"Paixão por eleições livres e limpas"

Barroso ainda fez menção à derrota do deputado Aécio Neves (PSDB-MG) em 2014, quando ele disputou a Presidência da República e perdeu para Dilma Rousseff (PT). Bolsonaro afirma que o tucano deveria ter saído vitorioso, apesar de o próprio Aécio reconhecer que perdeu o pleito.

“Em 2014, o candidato derrotado pediu auditoria e o próprio partido reconheceu que não houve fraude. Nunca se documentou fraude. No dia que se documentar, a Justiça Eleitoral vai apurar imediatamente. Ninguém tem paixão por urnas, mas, sim, por eleições livres e limpas”, destacou Barroso.