Promotor de Camaçari e advogada são acusados de extorquir empresária
Em depoimento colhido pelo juiz Ricardo Dias de Medeiros Netto, a empresária afirmou que após ter conhecimento que o promotor estava investigando o seu caso, ela foi aconselhada a procurar Fernanda para fazer sua defesa. Segundo sua versão, a advogada teria pedido R$ 50 mil adiantados e deu a garantia de arquivamento do caso.
No seu relato, a denunciante diz que depositou um cheque de R$ 30 mil na conta de Everardo, e depois foi solicitado mais R$ 10 mil em espécie. Ela diz que como não havia tido nenhum resultado prático e se negou a pagar. Adriana ainda informou que o valor total pedido pelo casal chegou a R$ 80 mil.
A empresária diz que a advogada chegou a apresentar um contrato de prestação de serviços advocatícios para acobertar os pagamentos indevidos. Pouco tempo depois Adriana foi presa.
O juiz Ricardo Dias decidiu enviar o caso ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), uma vez que o promotor tem foro por prerrogativa de função. Diante da suspeita dos crimes de corrupção passiva, concussão e lavagem de dinheiro pelo promotor, o magistrado pede que o CNMP e a Procuradoria Geral de Justiça
sejam oficiados para que tomem as medidas cabíveis. Como prova, foi solicita ao banco utilizado para a transação envie cópia das macrofilmagens do cheque para reforçar os fatos e documentos já encaminhados.