Por que aumentar imposto, se a arrecadação sobe?
O desgoverno federal insiste em repetir e aplicar a mentira de sempre: que o aumento de tributos é a única saída para socorrer as contas públicas diante do agravamento da crise econômica. Eis a justificativa esfarrapada e tacanha para a subidinha na PIS/Cofins que incide sobre gasolina, álcool e diesel. Como entender tamanha voracidade tributária, mesmo com outra subidinha de 0.77% na arrecadação federal no primeiro semestre deste ano? Resposta simples: o Estado-Ladrão não reduz, de verdade, seus gastos inúteis, desperdícios e roubalheiras.
O condutor da economia, Henrique Meirelles, vem com um papo esquisito: “Ajuste fiscal a gente sabe que é importante, mas o governo tem que continuar funcionando”. Enquanto se estuda uma nova tungada no bolso dos trabalhadores e empresários, o Presidente Michel Temer segue vendendo a alma aos diabos. Seu governo solta dinheiro e cargos para em troca do apoio na Câmara dos Deputados a fim de garantir que seja rejeitado o pedido da Procuradoria da República para processar o Presidente por corrupção passiva no Supremo Tribunal Federal.
Só não falta dinheiro público para garantir futuras negociatas nas privatarias tocadas pela banda corrupta do PMDB. O BNDESpar (braço de investimentos do BNDES) deve liberar uns R$ 3,5 bilhões para comprar uma fatia da Cedae. A injeção de grana - comprando parte da companhia de água e esgotos do estado do Rio de Janeiro - será usada para pagar salários atrasados desde maio dos servidores públicos, além de garantir o pagamento de dívidas com fornecedores – a maioria deles financiadores de campanha. O governador Luiz Fernando Pezão deixa até o descanso em um spa de R$ 7 mil a diária para uma conversa com Michel Temer e o poderoso Moreira Franco...
É muita sacanagem! Os governos do Rio de Janeiro deram espetáculos da má gestão e corrupção. O Estado quebrou. Não tem condições de quitar suas dívidas com o governo federal, nos próximos três anos. Também não tem grana para custear os serviços públicos básicos. O rombo só para 2018 chega a R$ 20 bilhões. O lado “bom” é que os eleitores sem-noção terminam forçados a perceber o quanto foi danoso o papel do presidiário Sérgio Cabral Filho e seus comparsas para destruir o Rio de Janeiro – falido e aterrorizado pela violência dos vendedores de drogas.
Já passou da hora de a sociedade brasileira se rebelar não só contra a corrupção, mas contra sua grande financiadora: a carga tributária abusiva, com quase 100 impostos, taxas, contribuições e infindáveis multas fabricadas pelo excesso de regrinhas que só existem para furtar o “contribuinte”. A “impostura” tem de ser combatida com protestos e ações concretas. Reeleger ninguém em 2018 é a prioridade imediata. A outra é pressionar em favor da inédita Intervenção Institucional – solução real para os problemas estruturais do Brasil