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China sofre maior epidemia de diabetes do mundo

Pessoa utiliza aparelho para medir glicose em Manágua, em 22 de setembro de 2011
Pessoa utiliza aparelho para medir glicose em Manágua, em 22 de setembro de 2011 (AFP)
A China está sofrendo a maior epidemia de diabetes do mundo: cerca de 11% da sua população adulta é afetada por esta doença metabólica, e quase 36% é pré-diabética, segundo um amplo estudo nacional.
Os resultados do estudo, realizado em 2013 com 170.287 participantes e conduzido por Linhong Wang, do Centro chinês de Controle e Prevenção de Doenças em Pequim, foram publicados na revista científica Journal of American Medical Association (JAMA).
Os pesquisadores mediram a glicemia de todos os participantes em jejum. Uma pessoa é considerada diabética quando tem uma taxa acima de 126 miligramas/decilitro de sangue, e pré-diabética se a taxa é de entre 105 e 126 mg/dl.
Entre as pessoas diabéticas na China, 36,5% estavam cientes da sua doença e 32,2% recebiam tratamento. Das pessoas tratadas, 49,2% controlavam seu nível de glicemia.
A incidência da diabetes entre os participantes chineses tibetanos e muçulmanos foi significativamente menor que na população da etnia Han, majoritária.
Assim, 14,7% dos Han têm diabetes, enquanto só 4,3% dos tibetanos e 10,6% dos muçulmanos apresentam a doença.
A prevalência da diabetes entre adultos na China (10,9%) é similar à dos Estados Unidos em 2014, onde 9,3% dos adultos (29,1 milhões) sofriam da doença, segundo um relatório dos Centros federais de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
Os pré-diabéticos representavam nos Estados Unidos 37% da população (115 milhões), a mesma proporção que na China, segundo o relatório.
Dos 1,09 bilhão de adultos na China continental em 2013, 388,1 milhões eram pré-diabéticos (200,4 milhões de homens e 187,7 milhões de mulheres), segundo o estudo publicado na JAMA.