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Cego é preso em flagrante após matar companheira grávida de 6 meses





O deficiente visual Teódolo Ferreira dos Santos, 25 anos foi preso em flagrante por uma guarnição da Ronda Maria da Penha da Polícia Militar, sob o comando do soldado Gonzaga. Ele é acusado de ter matado com um golpe de faca, a companheira Risoleta Araújo de Alencar, 30 anos. O crime aconteceu no inicio da manhã desta quinta-feira (20-07-17), no interior da casa do casal, localizada na rua Nova Aliança, na localidade conhecida como Sem Terra, no bairro Alto do Rosário, em Feira de Santana.Segundo informações da polícia, a vítima estava grávida de seis meses, e após cometer o crime, o acusado tentou fugir em um veículo, mas foi preso em flagrante pela equipe da Ronda Maria da Penha. De acordo ainda com a polícia, o casal discutiu por causa de ciúmes e este pode ter sido o motivo do crime. O deficiente foi conduzido para a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde foi autuado em flagrante por feminicídio.Tentativa de Fuga

O delegado Gustavo Coutinho, titular da DHPP, disse que, após o crime, o acusado tentou fugir para Salvador, levando o filho da vitima. “Depois que matou a companheira, por volta das 5 horas da madrugada, ele pegou um transporte e foi até o Terminal Rodoviário de Feira de Santana, onde adentrou em um veiculo que fazia o transporte ilegal de passageiros, o conhecido “Ligeirinho” e foi descoberto, quando aguardava a lotação do ligeirinho, para seguir viagem”.
“Quando, ele aguardava a lotação, chegou um casal do município de Conceição do Coité, onde a mulher, também iria a Salvador, no mesmo ligeirinho. Mas, o marido da mulher e a mesma, passaram a desconfiar do deficiente, já que o mesmo demonstrava que era cego e a criança que estava no colo, estava sem bolsa, praticamente desarrumado para quem estava viajando”.

“Ai, o casal, chamou o motorista, alertou o mesmo, e mandou que ele levasse o carro até o Conselho Tutelar. O condutor do ligeirinho passou a fazer perguntas ao deficiente, onde estava a mãe da criança, após vários questionamentos, ele resolveu contar a verdade, que teria matado a mulher. O motorista foi até o CPRL, chamou os policiais e contou o acontecido. De imediato, o CPRL, entrou em contato com a guarnição Maria da Penha, que foi até o local e após confirmar o feminicídio, conduziu o mesmo para delegacia. A criança foi entregue ao Conselho Tutelar”, finalizou o delegado.
 
Alegando Legitima Defesa
Teódolo afirmou para reportagem do Polícia é Viola que estava sendo maltratado pela companheira e que a mesma lhe tratava como escravo. “Eu vou contar para você, do começo de minha convivência com ela. Aproximadamente convivíamos há Um ano e Cinco meses, conheci ela no condomínio, onde eu fez uma proposta se ela queria morar comigo, porque estava precisando de uma pessoa para morar junto e cuidar de mim”.Ela aceitou, passamos a conviver, mas nos primeiros dias, a passar a mão na barriga dela, percebi que estava grávida (primeiro filho), ao questionar, ela sempre falava que não estava, mas eu perguntava, porque sua barriga está assim alta, ela respondia, que era porque teria comido feijão. porém, um certo dia, a Irma (evangélica), falou comigo, Téodolo, vai ser papai não é, eu falei não, porque, oxe, Risoleta está grávida”.Depois que a irmã, falou que seria papai, fiquei pensando, rapaz, ela está mentindo pra mim, quando cheguei em casa, chamei ela pra conversar sério. Ai, ela resolveu contar tudo, dizendo que namorava um rapaz da Queimadinha, mas ele disse que o filho não era dele, ai falei com ela que não tinha problema que a gente juntos cuidaríamos dele, onde eu iria tratar como se fosse meu filho”.

O acusado disse também, que Risoleta era muito ciumenta e nos últimos dias estava lhe tratando como escravo e estava muito agressiva. “Não vou mentir, a gente brigava muito, mas na maioria das vezes, e em quase todas ela que começava com ciúmes bestas, não deixava nenhuma mulher conversa comigo. Há, deixa eu falar dessa gravidez, ela ficou grávida, só veio me falar depois, eu nem sei se é meu”.

“Então, ela me tratava muito como escravo e na manhã de hoje, ela queria que eu fizesse o mingau do menino, eu falei que não iria, porque ela que faria melhor, já devido minha deficiência. Mas, ela passou a me agredir verbalmente com nome ruins. Ai, eu falei, olha Risoleta, você está me maltratando de mais, não vou querer mais conviver com você, ai eu sentir que ela partiu para cima de mim, dando tapas, murros, me agredindo fisicamente, depois eu percebi que ela, pegou uma faca e quando ela veio pra cima, conseguir tomar e fiz do que fiz, quando fugia a polícia me prendeu”, finalizou o deficiente.