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Ex-presidente do Barcelona é detido por lavagem de dinheiro

Em 2010, Rosell foi eleito presidente do FC Barcelona, sucedendo o carismático Joan Laporta.
Em 2010, Rosell foi eleito presidente do FC Barcelona, sucedendo o carismático Joan Laporta. (Reprodução/Alchetron)
O ex-presidente do Barcelona Sandro Rosell foi detido nesta terça-feira em uma operação contra lavagem de dinheiro relacionada aos direitos de imagem da seleção brasileira, informaram à AFP fontes policiais.
A operação acontece principalmente na região da Catalunha e no momento "há quatro ou cinco detidos, entre eles o ex-presidente do Barça, Sandro Rosell, e sua mulher", afirmou uma fonte da Polícia Nacional.
Outra fonte policial em Barcelona afirmou que a investigação, ainda sob sigilo, se concentra na "lavagem de dinheiro em empresas relacionadas com os direitos de imagem da seleção brasileira de futebol".
A operação envolve a Guarda Civil e a Polícia Nacional, com ações de busca em residências e sedes de empresa em Barcelona, Girona e Lleida, na região da Catalunha, mas também Andorra, pequeno país entre a França e a Espanha.
Empresário de marketing esportivo, Sandro Rosell foi diretor da multinacional Nike no Brasil e negociou o contrato com a CBF para que a empresa americana se tornasse a fornecedora de material esportivo da seleção.
Em 2010, Rosell foi eleito presidente do FC Barcelona, sucedendo o carismático Joan Laporta, de quem foi braço direito antes de virar grande inimigo.
O mandato durou quatro anos, até sua renúncia, em janeiro de 2014, pouco depois de ser acusado por suposta fraude fiscal na complicada contratação de Neymar pelo Barça em 2013.
Rosell foi inocentado após um acordo entre a diretoria do Barça e justiça para que a pena fosse assumida pelo clube como pessoa jurídica.
Apesar do acordo, o dirigente será julgado por fraude e corrupção em outro processo, iniciado pelo fundo de investimentos brasileiro DIS, que foi dono de parte dos direitos de Neymar e se considera prejudicado pela operação de contratação o brasileiro.
Este caso também envolve Neymar, os pais do jogador, o atual presidente do Barça, Josep Maria Bartomeu, e o ex-presidente do Santos Odilio Rodrigues Filho.