Empresa que fatura R$ 1 bi ainda no centro da disputa entre Nilo e o PT
Uma empresa que fatura por ano cerca de R$ 1 bilhão desperta a cobiça de políticos engajados ou não em sua área de atuação. Ainda sem definição de quem ira presidi-la pelos próximos quatro anos, a Embasa continua sendo tocada pelo funcionário de carreira Abelardo Oliveira, indicação do PT ainda no governo de Jaques Wagner.
Tendo como vitrine do governo petista o programa ‘Água para Todos’, que ampliou a cobertura em 34% em oito anos, a presidência da Embasa é disputada pelo presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo (PDT), e pelo PT.
Enquanto muitos pensaram que Nilo havia desistido de batalhar pelo comando da Empresa de Água e Saneamento, eis que ontem ele falou à imprensa que mandou para o governador Rui Costa outros dois nomes para assumir o posto. Não se contentou em ter conseguido emplacar Marcos Presídio no Tribunal de Contas do Estado (TCE).
O PT entesa. Diz que não pretende arredar o pé da Embasa. O nome, dizem petistas, pode ser de Abelardo ou outro técnico.
O Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no Estado da Bahia (Sindae) já meteu a colher na disputa.
O Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente no Estado da Bahia (Sindae) já meteu a colher na disputa.
Enviou para o governador Rui Costa uma carta em que diz estar atento à movimentação em torno da presidência da Embasa. Há preocupação, segundo um dos diretores do Sindae, Pedro Romildo, de que a indicação priorize características apenas política em detrimento da técnica.
“Em época de tantas denúncias, a Embasa se mantém longe disso. Há lisura na administração do presidente Abelardo. Não podemos deixar que a Embasa vá para as mãos de políticos que possam usar a empresa para benefício próprio ou que sirva de operação para caixa 2”, afirma Pedro Romildo, que já presidiu o Sindae.
Em conversa com o Bocão News, o secretário de Relações Institucionais do Estado, Josias Gomes, diz que não há pressa para a indicação do comando da Embasa. “É um governo de continuidade. Os projetos estão sendo tocados. Não há previsão de quando o governador decidirá sobre a Embasa”.