Traficantes evangélicos proíbem candomblé em favelas do Rio de Janeiro
Frequentadores
de igrejas evangélicas, traficantes de favelas do Rio de Janeiro
proibiram terreiros de candomblé nos morros cariocas. Em alguns locais,
como no Lins e na Serrinha, em Madureira, além do fechamento dos espaços
de culto afro, também não é permitido o uso de colares afros e roupas
brancas, de acordo com reportagem do Globo. De acordo com registros
feitos pela Associação de Proteção dos Amigos e Adeptos do Culto
Afro-Brasileiro e Espírita, pelo menos 40 pais e mães-de-santo foram
expulsos de favelas da Zona Norte do Rio de Janeiro. Chefe do tráfico no
Morro do Dendê, na Ilha do Governador, Fernando Gomes de Freitas, o
Fernandinho Guarabu, ostenta no antebraço direito uma tatuagem com o
nome de Jesus Cristo. O Conselho Estadual de Direitos do Negro (Cedine)
já tem conhecimento da situação enfrentada pelos adeptos do candomblé em
várias favelas. Segundo o presidente do órgão, Roberto dos Santos,
denúncias já foram encaminhadas ao Cedine. “Mas a intolerância armada só
pode ser vencida com a chegada do Estado a esses locais, com as
Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs)”, disse.